Campeões de Drift decidiram-se na DriftLand

Armindo Martins, Joel Silva e Rafael Albuquerque sagraram-se respetivamente campeões nas categorias Pro, Semi-Pro e Iniciados.

Com todas as decisões em aberto nesta sexta e última ronda do Campeonato de Portugal Unlock Energy Drift, o fim-de-semana prometia ser de fortes emoções na DriftLand na Marinha Grande. Mas a verdade é que esta final deixou muita água na boca, por culpa das inúmeras avarias mecânicas que se sucederam ao longo dos dois dias.

Nos Iniciados, Pedro Pereira que liderava até então o campeonato, não teve a sorte do seu lado desta vez e não foi além do 6º lugar, deitando por terra todas as ambições. Rafael Albuquerque conseguiu qualificar-se com 41 pontos, conquistando assim a primeira posição na prova e o título de Campeão. O pódio da prova ficou completo com o estreante Paulo Correia no 2º lugar e Samuel Vergas no degrau mais baixo. Nas contas do campeonato, Vergas ficou assim como Vice-Campeão e Pedro Pereira terminou na terceira posição.

A Semi-Pro prometia aquecer ainda mais o ambiente, e a “coisa” até começou a correr bem. No Top16, Hélder Alves venceu Paulo Rocha e Miguel Granja venceu Fernando Ribeiro, enquanto José Magalhães se superiorizou a João Silva e Rafael Dinis derrotou Gonçalo Minderico. Ainda no Top 16, Rafael Ferreira deixou para trás Luis Mendes, e os ânimos voltaram a arrefecer quando Joel Silva, que lutava pelo título com Hélder Alves, se viu obrigado a abandonar a prova por problemas mecânicos quando disputava a batalha com Marco Nunes. As vitórias de José Baptista frente a Ricardo Antunes e de Miguel Peixoto frente a Marco Cordeiro, fecharam o Top16. Com a desistência de Joel Silva, Hélder Alves tinha a sua oportunidade de se sagrar campeão, mas para isso tinha de vencer a prova. Hélder disputou o Top8 com Miguel Granja e a sua mecânica já apresentava algumas falhas, mas Hélder tinha de ir com tudo. A mecânica acabaria por ceder a meio da batalha, sendo bem visível o desgosto e a frustração na cara do piloto. O título ficaria assim entregue a Joel Silva.

E só nas meias-finais se voltou a sentir emoção no circuito da Marinha Grande, quando Rafael Ferreira e Miguel Peixoto disputaram pela decisão de quem iria lutar pelo lugar mais alto do pódio. E foi mesmo uma batalha alucinante, com muitos toques e pneus pelo ar à mistura. Após tomada de decisão do júri, seria Rafael a passar para a fase seguinte. Peixoto terminou em 4º lugar depois de ser vencido por Rafael Dinis, ficando assim Miguel Granja em segundo lugar e Rafael Ferreira em primeiro. No campeonato, como já referimos foi Joel Silva que se sagrou Campeão, ficando Rafael Ferreira como Vice-Campeão e Hélder Alves no terceiro lugar.

Chegava então o momento mais esperado do dia, a luta da categoria Pro onde nesta prova estava também a competir Diogo Correia, piloto que representa as cores nacionais no Campeonato Europeu Drift Masters. Mais uma vez tudo começou bem com Ricardo Costa e José Carvalho a disputarem uma batalha bastante equilibrada, e só depois de um “One More Time” e de um erro provocado por Ricardo, foi possível a Carvalho avançar para o Top8 onde mais tarde seria vencido por Diogo Correia. Também muito equilibradas foram as batalhas ente João Gonçalves e Filipe Vieira, e entre Hugo Costa e João Salvador, passando para as meias-finas João Gonçalves e Hugo Costa. Na última batalha do Top8 seria decidido o campeonato, pois João Vieira e Armindo Martins iriam defrontar-se nesta fase. Para Armindo, como já trazia vantagem do 2º lugar da Qualificação, bastava ganhar esta batalha para se sagrar Campeão. Já Vieira, como na Qualificação apenas conseguiu o 7º posto, teria de pelo menos ir ao pódio da prova. Todas as atenções estavam postas nesta luta, as emoções estavam à flôr da pele, e tudo fazia prever uma luta de difícil decisão para os júris. Contudo, João Vieira quando perseguia Armindo, bateu de traseira no muro e perdeu a linha de drift, o que lhe valeu um zero. Na troca de posições, Armindo só tinha de fazer uma volta como perseguidor sem cometer nenhum erro que lhe valesse um zero, e assim foi. Armindo jogou pelo seguro sem arriscar demasiado, e isso assegurou-lhe a vitória da batalha e a consagração como Campeão.

Mas faltava ainda decidir o pódio da prova, e agora, todos queriam ver uma final entre Armindo Martins e Diogo Correia. De facto, seria a melhor forma de acabar o dia, não fosse um veio da transmissão ditar o abandono precoce de Diogo quando este disputava a semi-final com João Gonçalves. Com esta desistência, o terceiro lugar do pódio ficou automaticamente entregue a Hugo Costa. A luta pelo lugar mais alto estava entre Armindo e João Gonçalves, o que também prometia ser uma disputa bastante animada e com altos níveis de adrenalina, mas, adivinhe-se, a mecânica do BMW E36 de Gonçalves não colaborou e assim este terminaria no segundo lugar.

Contas finais feitas, José Carvalho termina a época no terceiro lugar e João Vieira que no próximo mês irá representar Portugal no FIA Motorsport Games, termina com o título de Vice-Campeão.