CATALUNHA VOLTA A DECIDIR CAMPEÕES DA PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA
Este ano é entre Diego Ruiloba e Óscar Palomo que se discute o título de Pilotos da Temporada 5 da copa ibérica. Chegam a esta última prova do ano separados por 12,8 pontos, numa jornada que tem para distribuir um máximo de 33,6 pontos. Ao nível dos Navegadores, Andrés Blanco, co-piloto de Ruiloba, já assegurou o título antecipadamente, chegando à Catalunha sem essa pressão.
Está, por isso, assegurada uma luta sem quartel entre os dois únicos candidatos ao título de 2022, ambos apostando nas capacidades dos competitivos PEUGEOT 208 Rally4, preparados pelas respetivas equipas técnicas, com Ruiloba e Palomo a visar o apetecível Grande Prémio, único e de sonho, que está guardado para o ‘Campeão’: um programa de ralis em 2023 com uma viatura da categoria “Rally2”, em Espanha ou Portugal, ou outra de “Rally4”, no Europeu de Ralis.
Recorde-se que em termos de pontuações e como é hábito em ralis dos principais campeonatos FIA, a PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA 2022 irá apenas aproveitar a 1ª Etapa deste RACC Rally Catalunya / Costa Daurada - Rally de España, Terá uma extensão de 601,64 quilómetros, integrando 8 Especiais, divididas por duas rondas (quatro troços cada), para um total de 118,92 quilómetros cronometrados, num rali que, para efeitos da copa ibérica terminará já bem perto da meia-noite.
Acrescente-se que a presente edição da prova organizada pelo Real Automóvil Club de Catalunya é simultaneamente pontuável para o Campeonato da Europa de Ralis (ERC), sendo a sua última jornada, e para Campeonato do Mundo de Ralis (WRC), como penúltimo rali do calendário 2022, correndo-se ao longo de quatro dias (20 a 23 de outubro).
DOIS CANDIDATOS, UM TÍTULO DE “CAMPEÃO 2022”
Contabilizadas que estão as pontuações dos cinco anteriores ralis da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA 2022, Diego Ruiloba chega à Catalunha, para o último rali do ano, com um score de 91,40 pontos, somando mais 12,8 pontos do que o seu conterrâneo Óscar Palomo (78,60 pontos), sendo os únicos que podem chegar ao título da Temporada 5 da inigualável copa ibérica.
Recorde-se que Ruiloba começou o ano com um 4º lugar nos troços de terra do Rali Serras de Fafe e Felgueiras, evento onde Palomo assegurou a primeira vitória do ano. Seguiu-se Mortágua, onde Ruiloba somou a pontuação máxima (vitória e melhor tempo na Power Stage), aproveitando ainda o desaire de Palomo que, ao abandonar, saiu do rali em branco. O mesmo lhe sucederia no encontro seguinte, o Vodafone Rally de Portugal, onde Ruiloba assegurou um valioso 3º lugar.
A meio da época Diego Ruiloba somava 59 pontos, sendo líder isolado; já Óscar Palomo tinha apenas 25, menos de metade e muito terreno para recuperar.
Da terra portuguesa passou-se para o asfalto espanhol, com a sorte e o azar a mudarem de mãos, pois Palomo vencia em Ourense e fazia o terceiro melhor crono na Power Stage, uma jornada onde Ruiloba registou um abandono. Seguiu-se, há menos de um mês, um Rallye Villa de Llanes impróprio para cardíacos, num combate ao segundo entre ambos, que terminaria com uma vitória de Ruiloba sobre Palomo assegurada por dois décimos de segundo.
E eis-nos chegados à Catalunha, rali que será, de novo, palco do ‘tira teimas’ da copa ibérica e onde há uma pontuação máxima de 33,6 pontos para distribuir: 25 para o vencedor e 3 pontos adicionais para o mais rápido na Power Stage, tudo multiplicado por um fator de 1,2 pontos (tal como no Rallye Villa de Llanes; Artigo 3.1.1 do Regulamento Desportivo).
Como se refere acima, o diferencial entre eles é, nesta altura, de 12, 8 pontos, pelo que muitas contas são possíveis entre os melhores representantes dos 208 Rally4 usados na copa. E, desta feita, dado que ambos já registam abandonos, nem há pontuações para deitar fora.
POTENCIAIS CONTAS PARA O CETRO
Diego Ruiloba depende mais de si do que do seu adversário, havendo várias hipóteses de se sagrar Campeão, mesmo que não ganhe o rali ou nem faça um bom tempo na Power Stage (PS). Basta-lhe, por exemplo, ser 3º da geral e fazer o 3º melhor tempo na PS, passando a totalizar 113,00 pontos, isto mesmo que Óscar Palomo vença o rali e faça o melhor tempo na PS, sendo que só alcançará um máximo de 112,20 pontos.
Em situação diametralmente oposta, consideremos que Ruiloba é 5º da geral mas faz o melhor tempo na PS. Neste caso somará um total de 109,4 pontos, o que obrigará Palomo a vencer o rali e a fazer pelo menos o 3º melhor tempo na PW (109,8 pontos), ou seja, o título decidir-se-ia por 4 décimos.
Se Ruiloba for 5º da geral e não pontuar na Power Stage, somará 105,8 pontos finais, pelo que para Palomo ser Campeão terá que ser 2º no rali e ser o mais rápido na PS (total de 106,2 pontos) ou, em alternativa, vencer, sendo que caso tal sucedesse nem precisaria de pontuar na PS (total de 108,6 pontos).
Mas se no futebol é comum dizer-se que “prognósticos só no final do jogo”, nos ralis só mesmo quando se atinge o controlo final da prova é que se sabe quem, de facto, foi o vencedor, sendo inúmeros os outros fatores, bem conhecidos, a ter em conta, das condições climatéricas, ao estado dos pisos, correção das notas e até do próprio estado de espírito dos concorrentes. Numa frase: que ganhe o melhor!