JOSÉ PEDRO FONTES E INÊS PONTE APONTAM AO TÍTULO ABSOLUTO DE 2022

Será na “Catedral” minhota dos ralis, nas classificativas da região e serras de Fafe, que terá início o projeto do Citroën Vodafone Team para o Campeonato de Portugal de Ralis de 2022, uma edição que a formação oficial da marca francesa pretende tornar memorável, uma vez alcançado o objetivo a que se propõe: a conquista dos títulos de 2022, de Pilotos e Navegadores, resultado que o seu piloto José Pedro Fontes já alcançou por duas vezes, em 2015 e 2016, o último dos quais contando ao seu lado com a sua fiel e conceituada navegadora Inês Ponte.

O Rally Serras de Fafe-Felgueiras-Cabreira e Boticas servirá, assim, de comprovativo para todo o trabalho aplicado no C3 Rally2 que a equipa baseada na região de Baltar tem vindo a fazer desde o final da época passada, com base nos mais recentes desenvolvimentos que a divisão de Competição Cliente da Citroën Racing (integrada na estrutura da Stellantis Motorsport) tem disponibilizado para a sua máquina maior para o mundo dos ralis na sua categoria.

“O objectivo é decididamente esse, a cada início do CPR, e este ano não é diferente”, começa por explicar José Pedro Fontes. “O facto de representarmos uma estrutura oficial de uma marca, no caso a Citroën, com um conjunto de fiéis patrocinadores, em que se destaca o investimento de há muito da Vodafone Portugal, tendo à nossa volta toda uma equipa que nos acompanha e connosco festeja os bons momentos e sofre nos menos bons, obriga a que tenhamos que colocar a fasquia o mais alto possível, em termos de onde pretendemos chegar. Claro que as coisas nos ralis evoluem segundo condicionamentos e situações de vária ordem, mas também estamos conscientes das nossas valências e da qualidade do C3 Rally2, uma das viaturas mais avançadas do mundo dos ralis na categoria Rally2, com que disputamos os títulos do CPR”.

“Assim sendo, sabendo que temos capacidade para lá chegar, ‘apenas’ temos de ser melhores do que os nossos adversários e, com isso, conquistar a vitória em cada um dos oito ralis do CPR ou, na pior das hipóteses, terminar sempre num dos lugares do pódio, e com isso acumular uma pontuação que nos permita, no final do ano, festejar os títulos”, acrescentou.

“A época de 2022 será uma temporada muito exigente, nomeadamente nesta fase inicial em que, para além do excelente plantel que vamos ter de pilotos nacionais, com um conjunto de máquinas de última geração, contaremos com adversários internacionais – que é certo, não nos roubam pontos – por o CPR começar com três jornadas internacionais, dois ralis do Europeu e mais o Vodafone Rally de Portugal, pontuável para o WRC, todas elas em pisos de terra e pedra solta, um terreno onde nos dois últimos anos me senti menos à vontade mas que, fruto das mais recentes evoluções da Citroën Racing permitirá que, este ano, tenhamos outra palavra a dizer. Após os quatro ralis em terra da primeira metade do ano, o CPR prossegue com quatro provas em asfalto, um tipo de piso onde, ao longo dos últimos anos, temos comprovado as excelentes valências do nosso carro e onde, nesta época, voltaremos a estar na discussão dos lugares da frente e, com isso, dos títulos nacionais de ralis. Assim é com natural confiança que encaramos não só este primeiro rali do ano, mas toda a época de 2022”.

Para além do envolvimento direto da Citroën e da Vodafone, como patrocinador principal, mantêm-se como parceiros deste projeto de ralis as marcas ExpressGlass, Pirelli e Quartz. Em termos de preparação, o C3 Rally2 conta com o know-how especializado dos técnicos da Sports & You.

 

O RALLY DE FAFE EM RESUMO*

Pontuável para o Campeonato da Europa de Ralis (FIA ERC), o Rally Serras de Fafe-Felgueiras-Cabreira e Boticas também é parte do CPR 2022, mas neste caso apenas contemplando a sua 1ª Etapa, correndo-se num conjunto de bem conhecidos e icónicos troços em terra da região, ao longo dos dias 11 e 12 de março (sexta-feira e sábado) as suas 9 Especiais (110,83 km cronometrados), para um percurso total de 524,35 km.

Tendo como base o Pavilhão Multiusos de Fafe, a prova do Demoporto - Clube de Desportos Motorizados do Porto iniciar-se-á na Rua Ângelo Medon, no centro da cidade, terminando, em termos de CPR, na Praça Mártires do Fascismo (Feira Velha). Antecedendo a saída da prova para a estrada, os pilotos poderão participar, na tarde de sexta-feira, nas sessões de Qualifying (15h00) e Shakedown (16h30 às 18:30), ambos a realizar nos 3,04 km do troço de Lagoa.

Definida a ordem de partida, o rali propriamente dito sai para a estrada às 21h03 de sexta-feira, rumando os concorrentes à SuperEspecial de Fafe (SSS1; 1,47 km) com início às 21h08, finda a qual entrarão em Parque Fechado (20h18). O rali regressa ao ativo às 07h20 de sábado para um dia que integra uma dupla ronda, de manhã e de tarde, pelos troços de Boticas (15,05 km; às 09h00 e às 15h09), Cabeceiras de Basto (10,84 km; às 10h17 e às 16h26), Vieira do Minho (16,93 km; às 11h20 e às 17h29) e Luílhas (11,86 km; às 18h29) divididas por sessões de refuel, um Reagrupamento (12h59/13h14) e uma visita ao Parque de Assistência (13h21/13h51, na Praça das Comunidades).

Finda essa dupla secção competitiva, os concorrentes entram para o Parque Fechado (19h08/19h18) e fazem um Flexi-Service (19h25/20h10), rumando, depois à Praça Martires do Facismo (Feira Velha) para a cerimónia final de pódio (20h25).

Os concorrentes que assim o entenderem, que estejam inscritos na prova internacional, poderão depois continuar em prova no dia seguinte (domingo), correndo a 2ª e última Etapa do Rally Serras de Fafe-Felgueiras-Cabreira e Boticas, lutando pela melhor posição neste evento pontuável para o FIA ERC. É um objetivo que o Citroën Vodafone Team irá abraçar, sendo que qualquer eventual resultado que venha a alcançar não terá influência nas suas pontuações do CPR 2022 que, como se disse acima, apenas contempla a 1ª Etapa.

* Nota: horas referenciais para o primeiro carro na estrada.

 

O C3 RALLY2 DO CITROËN VODAFONE TEAM

Homologado na categoria “Rally2”, o C3 Rally2 do Citroën Vodafone Team integra todas as evoluções técnicas e de set-up disponibilizadas pela Citroën Racing, no âmbito do seu programa de ralis direcionado para estruturas privadas, soluções que têm sido extensivamente testadas, em condições reais, para enfrentar os desafios das diferentes oito provas do CPR 2022, uma vez mais assente num perfeito equilíbrio entre pisos de terra e asfalto.

Principais Características Técnicas

Chassis: Coque reforçada por um arco de segurança multiponto, soldado

Motor: Citroën Racing de 1.6 litros Turbo de injeção direta – Restritor FIA de 32 mm.

Potência máxima: 282 cv às 5 000 rpm.

Binário máximo: 420 Nm às 4 000 rpm.

Caixa de velocidades: Sadev, sequencial de 5 velocidades + marcha-atrás, comando manual.

Diferenciais: à frente e atrás, mecânicos autoblocantes.

Travões dianteiros / traseiros: Discos ventilados, 355 mm (asfalto) e 300 mm (terra), pinças Alcon de 4 pistões.

Travão de mão: Comando hidráulico.

Suspensões: Tipo McPherson.

Amortecedores: Reiger, reguláveis de 2 vias (compressão a baixa e alta velocidade, batente).

Comprimento x Largura: 3 996 mm x 1 820 mm.

Distância entre eixos: 2 567 mm.

Vias: 1 618 mm (dianteira e traseiro).

Reservatório de combustível: 81 litros.

Pesos: 1.230 kg mínimo (regulamentar) / 1.390 kg com equipa a bordo (regulamentar).

 

AS 8 PROVAS DO CPR 2022

O Campeonato de Portugal de Ralis volta, este ano, a dividir-se entre quatro jornadas de terra e quatro em asfalto, prolongando-se entre meados de março e a primeira quinzena de outubro. Integra várias provas de cariz internacional, nomeadamente o Vodafone Rally de Portugal, prova do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC) e que partilha o mesmo patrocinador com a equipa oficial Citroën Vodafone Team, o Rallye Serras de Fafe e o Azores Rally, ambos pontuáveis para o Campeonato da Europa de Ralis.