Sistema eléctrico rouba pódio a Miguel Cristóvão

Miguel Cristóvão teve uma prestação de elevado nível nas 4 Horas de Portimão, a derradeira etapa do European Le Mans Series, tendo estado na luta pelo pódio, mas um problema técnico obrigou-o a perder muito tempo nas boxes.
 
O português arrancou do sétimo lugar da grelha de partida, entre os LMP3, tendo vindo a demonstrar um bom ritmo competitivo ao longo do fim-de-semana aos comandos do Ligier JS P3 da Eurointernational que dividiu com Xavier Lloveras.
 
Miguel Cristóvão realizou o arranque em condições difíceis, uma vez que a ameaça de chuva que pairava na pré-grelha, concretizou-se pouco antes dos carros se lançarem para a volta de lançamento.
 
Com todos os carros em slicks, esperava-se muita confusão na primeira volta da corrida, mas o português esteve irrepreensível, evitando todos os incidentes, o que lhe permitiu ascender ao terceiro lugar e imprimir um ritmo muito semelhante aos dois da frente – os dois contendores ao título.
 
No entanto, no turno de pilotagem de Xavier Lloveras, o Ligier desenvolveu um problema eléctrico, o que obrigou o espanhol a entrar nas boxes, tendo a equipa perdido cinco voltas a debelar a questão. Mesmo numa prova de quatro horas, a possibilidade de conquistar um resultado estava completamente fora de questão.
 
Ainda assim, Miguel Cristóvão voltou à pista, com as condições a alternarem entre o molhado e o seco, tendo assinado um bom ritmo. Contudo, no final, o nono lugar era o melhor que podia alcançar. “As condições da pista estavam muito difíceis, mas consegui manter um ritmo forte e acompanhar os dois da frente, que estão muito mais adaptados ao carro. Penso que tínhamos capacidade para estar na luta por um lugar no pódio, mas uma questão eléctrica acabou por nos roubar essa possibilidade. As corridas são assim, acontece“, apontou o português.
 
Apesar do resultado não ter correspondido à exibição, Miguel Cristóvão faz um balanço positivo da sua passagem pela Eurointernational e pelo European Le Mans Series. “O objectivo era voltar a ganhar ritmo aos comandos de um LMP3 tendo em vista a preparação da próxima temporada e penso que isso foi alcançado. Em Spa-Francorchamps tinha ainda muita margem de progressão, mas aqui no Algarve estava já num nível muito bom, e estava com ritmo para lutar pelos lugares do pódio. Penso que ainda tenho margem de progressão e é nisso que vou trabalhar durante o defeso para poder estar em boa forma em 2023”, concluiu o português.
 
Miguel Cristóvão volta às pistas no próximo dia 20 de Novembro para disputar a prova final do Campeonato de Portugal de Velocidade, onde pode ainda sagrar-se Campeão de Portugal.