Emoção até ao fim na 2ª corrida do International GT Open!
Foi com o céu limpo, muito calor e um fantástico ambiente que o Circuito do Estoril, com o apoio do
Motor Clube do Estoril, recebeu o derradeiro dia de competição do International GT Open. Depois de
uma primeira corrida entusiasmante, os pilotos da série promovida pela GT Sport elevaram a fasquia,
dando ainda mais espetáculo para todos os que acompanharam, no circuito e em casa, a derradeira
contenda do fim-de-semana.
Ao contrário do que havia sucedido na corrida anterior, as voltas iniciais decorreram sem incidentes.
Depois de terem produzido uma qualificação de renome, os pilotos da categoria Pro-Am Karol Basz,
Axcil Jefferies e Adam Christodoulou mantiveram-se nas posições da frente à geral. Já Alain Valente
caiu duas posições, fixando-se no 6º lugar, enquanto Benjamim Hites, vencedor da Corrida 1 com o
colega de equipa Leonardo Pulcini, concretizava o inverso.
Faltava, ainda, muito tempo para a conclusão dos 60 minutos da corrida. Mas o prenúncio do que viria
a suceder com a equipa #63 estava dado. Do mesmo modo, Murat Ruhi Cuhadaroglu dava continuidade
a um fim-de-semana muito difícil para o Ferrari 488 #133 da Kessel Racing. O piloto turco, colega de
equipa de David Fumanelli (autor da pole-position para a Corrida 1) não evitou um toque com o
britânico Omar Jackson, que fazia dupla com Charles Hollings e via assim dissipada qualquer hipótese
de renovar o triunfo obtido um dia antes na categoria Am.
Após ter caído posições no arranque, a corrida de Alain Valente foi de mal a pior. Um desentendimento
com Gleen Van Berlo hipotecou as possibilidades de os dois pilotos aspirarem a lugares mais altos.
Enquanto a direção penalizou em 10 segundos o Mercedes AMG #33 pela ação do suíço, Van Berlo foi
à gravilha, perdendo segundos preciosos com a ação do rival.
Quem aproveitou este dissabor foi um oportunista Nick Moss, que procurava manter o espetacular
McLaren 720S no grupo da frente entre os Pro. Astúcia partilhada com Axcill Jeffereries, que, depois de
muito tempo à procura de encontrar uma forma de passar para a frente de Karol Basz, ainda no
comando à geral e na categoria Pro-Am, finalmente concretizou esse intento num momento em que o
líder dobrava um concorrente.
Logo atrás, Adam Christodoulou aproveitava para se aproximar do duo e reduzir para a margem mínima
a diferença entre o 1º e o 3º classificado.
A luta a três mantinha todos em alvoroço, sobretudo quando Baz deu um toque em Jeffereries na
travagem para curva VIP. Com isso, recuperou com alguma fortuna o 1º lugar e deixou o piloto
zimbabuano em maus lençóis, pressionado agora por Christodoulou.
O confronto entre Audi, Ferrari e Mercedes encontrava-se ao rubro. Mas enquanto estes pilotos se
digladiavam, o Team Oregon iniciava o jogo de bastidores: assim que a janela de entrada se abriu e à
primeira oportunidade, a equipa italiana pediu a Benjamim Hites para entrar nas boxes e proceder à
troca obrigatória de piloto. Ao volante — e com pneus novos — encontrava-se agora Leonardo Pulcini.
Quem seguiu a mesma linha de pensamento, replicando a estratégia, foi a Optimum Motorsport, com
Nick Moss a dar lugar ao piloto de fábrica da McLaren Joe Osborne.
Retomando a prova no 9º lugar da geral e em 3º da classe, Pulcini tinha pela frente a árdua tarefa de
recuperar muitas posições. Já na frente da corrida, Karol Basz era o primeiro a parar entre os três
primeiros classificados. Fê-lo a dois minutos do fim do tempo regulamentar, ao passo que os rivais
deixaram a ação para o derradeiro momento possível. A vantagem acabou por recair precisamente para
os carros da Kessel Racing e a Theeba Motorsport, que de uma assentada subiram duas posições,
deixando o #777 da Olimp Racing no 3º posto. Ao volante, respetivamente, encontravam-se agora
Roman Ziemian, Reema Juffali e Marcin Jedlinski.
Enquanto Pulcini voava em pista (assumiu rapidamente o 1º lugar da categoria Pro e num piscar de
olhos reduziu para oito décimos a diferença que o separava de Jedliski, 3º da geral, acabando por
concretizar a ultrapassagem a 10 minutos do final da prova), Zieman e Juffali travavam uma espetacular
batalha pelo comando da prova.
O piloto italiano da Oregon Team (Pulcini) rapidamente se juntou à festa. Mas o que parecia ser uma
empreitada fácil contra pilotos menos cotados acabou por ser mais difícil do que o esperado perante a
fantástica combatividade de Reema Juffali.
Tendo em perspectiva o triunfo na classe e à geral, a piloto da Arábia Saudita segurou durante três
voltas o carro #63, acabando por sucumbir à pressão do italiano a 5 minutos do fim, depois de o grupo
ter apanhado o Ferrari 488 GT3 #5 da Olimp Racing. A ultrapassagem espetacular de Pulcini a estes
pilotos permitiu-lhe passar para o comando da prova. Já Reema Juffali via o sonho escapar entre os
dedos: no meio da confusão, não evitou uma ida à gravilha na curva 3 que quase deitou tudo a perder.
Se chegar ao primeiro lugar da categoria Pro Am parecia uma missão impossível, o mesmo não sucedia
na categoria Pro. Vindo do nada, Joe Osborne colocou o McLaren 720S a 1,5s do Ferrari de Pulcini. No
entanto, foi incapaz de ir buscar a diferença para o piloto italiano, que assim comemorou o 2º triunfo
do fim-de-semana de forma imperial.
Na categoria Pro-Am, emoção até ao fim numa corrida extenuante: recuperando do susto que quase a
colocava de fora da prova, Reema Juffali foi atrás de Roman Ziemian para se posicionar a 1 décimo de
segundo do piloto da Kessel Racing à entrada para a última volta. A pressão exercida foi tão grande que
o suíço alargou demasiado a trajetória à saída da parabólica Ayrton Senna, despistando-se em plena
reta da meta e entregando o triunfo à piloto saudita, que foi também 3ª da geral. Embora apenas se
possa queixar de si próprio, Zieman acabou por ter um final inglório, não subindo, sequer, ao pódio.
A categoria Pro teve assim então como grandes vencedores Benjamin Hites/Leonardo Pulcini, que
concluíram esta segunda corrida do fim-de-semana na frente de Nick Moss/Joe Osborne e de Glenn
Van Berlo/Kevin Gilardoni — duas duplas autoras de uma excelente recuperação. Já à porta do pódio
encontramos Sébastian Baud/Steve Jans.Na categoria Pro-Am, igualmente novo triunfo para Adam Christodoulou/Reema Juffali, na frente Karol
Basz/Marcin Jedlinksi, Dexter Müller/Yannick Mettler, Axcil Jefferies/Roman Ziemian e Alain
Valente/Bernard Laber.
Entre os pilotos da classe Am, destaque para Alexander Hrachowina/Martin Konrad, que levaram o
esperacular Mercedes AMG GT3 amarelo da Mann Filter Team Landgraf à vitória, superando pelo
caminho Adam Osieka/Kiki Sak Nana, Laurent De Meeus/Jamie Stanley e Krystian
Korzeniowski/Stanislaw Jedlinski. Murat Ruhi Cuhadorogly/David Fumanelli e Omar Jackson/Charles
Hollings não concluíram a prova.
Euroformula Open: rookie Ogaard brilha na última corrida
Depois de ter brilhado na qualificação e vencido a segunda corrida do fim-de-semana, Oliver Goethe
foi forçado a partilhar o protagonismo da prova de abertura do Euroformula Open no Circuito do Estoril
com outro dinamarquês: Sebastian Ogaard.
O rookie inscrito pela Van Amersfoort Racing já havia deixado em evidência todo o seu potencial com
um 4º e 3º lugares nas duas primeiras contendas. Mas deixou o melhor para o fim ao cruzar a linha da
meta da derradeira corrida do fim-de-semana no 1º lugar.
Apesar da forte oposição do britânico Frederick Lubin, Ogaard segurou o comando logo no início da
prova para não mais o largar, espelhando rapidez e maturidade apesar de ser um rookie na competição
promovida pela GT Sport.
Ao contrário das incursões anteriores, a terceira corrida do programa desportivo decorreu sem
quaisquer incidentes e com o plantel ainda mais nivelado. Houve menos ultrapassagens, mas nem por
isso o interesse esmoreceu. Desde logo, pela grelha de partida, que voltou a contar com inversão dos
seis primeiros classificados, mas agora tendo por base o resultado obtido nos treinos cronometrados.
Apesar de sair da segunda linha da grelha, Oliver Goethe tinha provado nas corridas anteriores que não
tinha medo de arriscar no objetivo de ultrapassar os adversários. Fê-lo, uma vez mais, na partida,
batendo o britânico Josh Mason. Mas a partir desse momento contou com a tremenda réplica de do
australiano Christian Mansell.
Apesar dos esforços de Goethe, o piloto da Cryptotower Racing Team, vencedor da Corrida 1, não
cometeu um único erro, deixando o rival de fora do pódio. Atrás de Goethe, o rookie Vladislav Lomko
provou que é um nome a ter em conta na temporada 2022 do Euroformula Open, concluindo a corrida
na frente de Nicola Marinangeli, Filip Ugran, Josh Mason e Francesco Simonazzi. Saindo novamente do
último lugar da grelha, Alex Peroni ainda conseguiu recuperar duas posições no arranque, mas não foi
além do 10º lugar. Nicolás Pino e Alex Garcia encerram a classificação.