O dinamarquês Oliver Goethe venceu esta manhã a segunda corrida do Euroformula Open, cuja
primeira ronda da temporada 2022 se encontra a decorrer este fim-de-semana, no Circuito do Estoril.
Largando da 4ª posição da grelha após a inversão dos seis primeiros classificados da Corrida 1, o piloto
do Team Motopark voltou a sair mal no início da segunda contenda, caindo duas posições no arranque.
Precisamente o contrário do que sucedeu com o australiano Alex Peroni, que aproveitou a posição
privilegiada em que se encontrava (pole-position) para estabelecer um ligeiro fosso entre o 1º e o 2º
classificado.

Realizando uma grande recuperação, o vencedor da Corrida 1 Christian Mansell subia duas posições de
6º para 4º, enquanto Nicola Marinangelli destruía a corrida de Vladislav Lomko, depois de uma
tentativa de ultrapassagem na parabólica interior ter provocado um toque entre os dois pilotos.
As emoções encontravam-se à flor da pele, resultando em inúmeras ultrapassagens. Particularmente
ao rubro esteve a luta pelo 2º posto, entre Lubin e Ogaard, e igualmente pela 4ª posição, desta feita
com Mansell e Goethe como protagonistas.

Depois de algumas voltas a procurar passar para a frente do adversário, o rapidíssimo Goethe foi bem-
sucedido neste intento, concretizando uma manobra arrojada na travagem para a Curva 1. Aproveitou
depois a luta entre Lubin e Ogaard para se aproximar deste duo e logo depois posicionar-se por fora na
parabólica Ayrton Senna para ultrapassar o rookie Ogaard por fora, novamente na travagem para a
curva 1. Numa palavra, mágico!

Com Ogaard a ser fortemente pressionado por Mansell e Simonazzi a fazer o mesmo atrás do
australiano, a luta pela corrida continuava interessantíssima. Num piscar de olhos, Mansell, que
ocupava o 5º lugar, caía para o 8º posto, enquanto Goethe assumia a 2ª posição a 10 voltas do final da
corrida, após ultrapassagem a Lubin na parabólica interior.

À vista encontrava-se a liderança de Alex Peroni, chamado à última hora para esta prova pela Drive X.
Embora houvesse mais de 2s separar os dois pilotos, o ritmo diabólico de Goethe permitiu-lhe chegar
à traseira do rival em apenas cinco voltas. A partir daqui, faltou discernimento ao dinamarquês, que ao
procurar a ‘tesoura’ na curva da orelha, deu um toque em Peroni. Este foi à gravilha e caiu para o 4º
lugar.

Com a direção de prova a penalizar Goethe com o acréscimo de 5s ao tempo final, e com apenas 3s de
vantagem para o 2º classificado Frederik Lubin, tudo indicava que a vitória se encontrava em risco. Mas
provando novamente ser o mais rápido em pista, Goethe cruzou a linha da meta com 6,3s de vantagem
sobre os rivais, festejando assim o primeiro triunfo da época.