Iberian Historic Endurance encerrou o Estoril Classics com chave d’ouro

O Iberian Historic Endurance teve a honra de encerrar as hostilidades da sexta edição do Estoril Classics. Foram cinquenta minutos em que mais de quatro dezenas de viaturas deram o seu melhor na pista do Autódromo do Estoril, procurando desfrutar do prazer de conduzir máquinas que ajudaram a escrever capítulos da história do desporto automóvel num dos circuitos emblemáticos do automobilismo mundial. 

Após a qualificação de ontem, durante a qual a dupla Lars Rolner/Patrick Simon fez prevalecer a sua maior experiência sobre a concorrência, hoje o Porsche 911 3.0 RS com as cores da Martini Racing arrancou rumo à vitória a partir do momento em que o semáforo se desligou. O vencedor desta mesma corrida no ano transacto e o ex-campeão Le Mans Series (classe FLM em 2011) rapidamente se isolaram no comando na prova e nem os dois períodos de safety-car, para remover viaturas imobilizadas em pista, impediram a sua caminhada triunfal.

Carlos Barbot e Pedro Matos foram os segundos classificados, mesmo tendo perdido algumas posições nos momentos iniciais da corrida, a dupla do Lotus Elan 26R soube tirar partido dos períodos com o carro de segurança em pista, para recuperar tempo perdido e avançar lugares na classificação para o triunfo na categoria H-1965. 

O terceiro lugar na corrida, e segundo entre os H-1976, foi decidido após um duelo espectacular entre quatro Porsche 911 3.0 RS e teve momentos escaldantes, ao ponto de assistirmos a três carros a discutirem uma posição na travagem da Curva 1. Os portugueses Bruno Duarte/Filipe Jesus regressaram ao pódio no Iberian Historic Endurance, após levarem a melhor sobre Annette Rolner/Pierre-Alain Thibaut e sobre o consagrado Fernando Soares. O quinto posto na classe  foi conquistado por Filipe Nogueira (Ford Escort), o que correspondeu ao seu melhor resultado da temporada. 

Depois de uma animada luta com o conspícuo 911 3.0 RS cor-de-rosa de Annette Rolner e do ex-campeão belga de carros de Turismo, Pierre-Alain Thibaut, o Jaguar E-Type que a alemã Rhea Sautter divide com o conhecido preparador inglês Andrew Newall acabou no segundo posto dos H-1965. Palle Pedersen finalizou no terceiro lugar da categoria, e caso não tivesse entrado em pião, a pouco mais de dez minutos do término, o seu resultado poderia ter sido ainda melhor. 

Entre os carros da H-1971, Miguel Ferreira e Francisco Carvalho lideraram confortavelmente nos primeiros vinte minutos, até que a mecânica do seu Ford Escort RS16000 os acabou por trair, algo que infelizmente também tirou de prova a dupla Mário Silva/Carlos Tavares. Joaquim Soares conseguiu repetir a primeira posição de Portimão, impondo-se sobre a armada da marca do Quadrifoglio. O alemão Christian Oldendorff no raro Alfa Romeo GTA Corsa foi o segundo classificado e a dupla portuguesa Jorge Santos/Alcides Petiz (Alfa Romeo GTAm) completou o pódio

Na classe Gentlemen Driver Spirit (GDS), que reúne todas as viaturas equipadas com motores até 1300cc e todos os automóveis de Turismo até 2000cc, assistiu-se ao domínio de Michel Mora (Porsche 911 SWB) que teve uma boa disputa até que o compatriota Philippe Quiriere (Morris Cooper S) foi forçado a abandonar. O 911 SWB inscrito pelo trio Nuno Nunes/Piero dal Maso/José Carvalhosa ficou no segundo, imediatamente de Piero dal Maso a “solo” num carro igual.

Index of Performance: Vitória de Moriyon/Carvalhosa e relógio para Oldendorff

Eram igualmente elevadas as expectativas quanto ao triunfo no Index de Performance, classificação que voltou a atribuir um exemplar do prestigiado relojoeiro suíço Cuervos Y Sobrinos. Num dia que correu de feição para as viaturas saídas de Zuffenhausen, tal como tinha acontecido no “Algarve Summer Party”, a dupla ibérica Pedro Moriyon/José Carvalhosa foi a mais bem classificada, no entanto, visto que o troféu patrocinado pela Cuervos Y Sobrinos não pode ser oferecido a anteriores vencedores, foi a vez de Christian Oldendorff levar para casa uma destas peças de alta relojoaria. 

Diogo Ferrão, CEO da Race Ready, afirmou: “O evento do Estoril Classics é sempre muito especial, devido ao muito público presente e à relevância que este tem no calendário internacional, obter um bom resultado torna-se ainda mais importante face às restantes provas. Tivemos muita emoção em pista e um grande espetáculo a fechar um evento que ficará certamente na memória de todos!”

Com ainda duas provas a disputar este ano, a competição que se move pelo conceito “No Crashing, No Cheating, No Complaining” ruma agora ao norte de Espanha para disputar duas corridas no moderno Circuito de Navarra no fim de semana de 22 e 23 de Outubro.